terça-feira, 26 de maio de 2009




De todas as falhas e incertezas humanas, o fim é certo. Mas é porque não é humano. A Vida e a Morte, as Graças, nada nos compete. Com o passar do tempo, nós perdemos tudo. Todos os pronomes indefinidos se vão: alguém, alguma coisa, tudo,... Porque realmente não eram importantes. Se NOS perdêssemos, aí sim seria uma perda. Na morte, não só na física, mas na diária, nós nos perdemos. Nos perdemos na perda dos outros, nas nossas. Mas falo das perdas reais, daquelas que trazem aos olhos a água transparente da dor. É, dessas perdas, o que nos pertence são as lágrimas.


O Ser Humano é o animal mais fraco do mundo. Ele tem sentimentos. E não por tê-los que somos frágeis, mas por tentar entendê-los e saber, reconhecer que os estamos sentindo.


As muralhas caíram, e a criança indefesa está perdida, buscando alguém que a guie com o silêncio.


E quando ela clamar, quando ela chorar, gritar para que esse silêncio chegue logo, os Anjos chegarão.

terça-feira, 19 de maio de 2009


Sabe o porquê de eu escrever na calada da noite?
Justamente por isso.
Ela é calada.
É no silêncio que as palavras tomam o sentimento, não o sentido.

sábado, 2 de maio de 2009




No final das contas, eu sei, você vai se deitar ao meu lado.

Daí, teu cabelo vai poder roçar no meu rosto.

Teus lábios poderão brincar no meu pescoço.

Tuas mordidas se perderão em minhas orelhas.

E em MEUS lábios, uma marca funda, deixarão.

Tuas mãos trarão calor ao frio arrepio em minha pele.

Assim como o pôr-do-sol trás a quente sensação do conforto

No final dum dia frio de inverno.

E teu hálito quente o trará de volta.

No final, só no final.



Bem que nossa história podia começar pelo fim, não é mesmo, anjo?

E o meio seria o início do resto de nossas vidas.

E o título, um belo ponto final, a conclusão.

Só porque meu amor é assim.

Completamente atemporal e fora do normal.




Cici.