sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Que nós sejamos as luzes deste Natal!



O final do ano está aí. Em menos de dez dias será véspera de natal, o que,  para nós, é Natal praticamente, pois, diferente de outras culturas, nós nos apressamos a trocar presentes na noite do dia 24, não na manhã do dia 25, mas não importa, na condição que possamos comemorar à meia-noite o nascimento daquEle que deu Seu sangue para nos salvar.
Tenho sentido que o natal deste ano será o melhor de todos e tal sentimento me fez refletir acerca de vários significados, como por exemplo:

1) na minha infância a maior diversão era sairmos à noite para poder contemplar os criativos enfeites de natal com os quais os moradores iluminavam seus lares. Hoje fui fazer o mesmo e a decepção foi grande. As casas não brilham mais como costumavam e tenho certeza de que não é porque eu cresci e isso não mais tem o mesmo "valor" para mim. Natal foi e sempre será meu feriado favorito;
2) hoje o cheiro do natal vem e vai. Antigamente, logo no final do mês de novembro ele chegava e ficava em toda a casa, nas ruas, nas pessoas. Ele inflava o nosso peito e nos levava um sorriso doce à face. Agora ele faz nossos olhos brilharem, mas tão logo se esvai como num simples piscar.
3) a família se reunia para fazer os jogos de amigo secreto, discutir a ceia e a hora de nos encontrarmos na casa da vó, montar a árvore juntos... Agora te avisam que o papel com o nome do seu amigo ficou no pote guardado, a ceia é pronta e a hora é irrelevante, na condição que você chegue pouco antes da meia-noite e dê tempo de sair depois para as baladas que acontece nos clubes e a árvore fica num cantinho da sala, sem tantos embrulhos misteriosos ao seu redor.
4) a ansiedade de ganhar aquilo que tinha pedido, ganhar, ganhar, ganhar. Presentear também, mas ganhar sempre pareceu ser mais importante, ainda mais agora.

No começo falei sobre um certo alguém que morreu por um amor imenso a nós e, após refletir sobre tudo isso finalmente descobri o porquê de que esse seria o melhor natal de todos. Acontece que, quando alguém te pergunta o que você quer ganhar de natal e você simplesmente não sabe a resposta, é porque está na hora de RETRIBUIR. DOAR é a minha palavra para este natal. A minha realização não está mais em ganhar, mas em presentear e tentar fazer com que aqueles que não podem, tenham um natal tão feliz quanto o meu, que crianças brinquem com jogos e brinquedos tão bons quanto eram os meus, que possam comer uma comida tão deliciosa quanto era a minha. E eu convido você a fazer o mesmo. Vivemos nos tempos da coletividade, está na hora que colocarmos essa palavra em prática. Vamos espalhar felicidade sem pedir nada em troca! Posso assegurar que o sentimento é maravilhosamente natalino.

Feliz Natal!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Eu permiti que a última borboleta do estômago fosse embora.


 Agora eu só preciso esperar florir novamente...
Para que outras possam vir me surpreender
com suas belezas e simplicidades.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

"- O problema é que eu esperava você aparecer, dar um sinal de vida. Eu sabia que não haveria mais os "Boa noites", nem os "Bom dias", pelo celular. Sabia, também, que o carteiro não mais me traria notícias suas. Porém, ainda assim, eu exigia - mesmo sabendo que não devia - que você me mandasse um torpedo no dia do meu aniversário, que desejasse "Uma Feliz Páscoa com muitos presentes, e um Feliz Natal, com muito chocolate", que, pelo menos, uma vez no semestre você pudesse me perguntar se eu estava bem. Eu só podia esperar. Talvez você aparecesse do nada com uma história interessante pra me contar - talvez só aparecesse. Mas acontece, e é bom. De vez em quando você sente uma pontinha saudade, lembra-se de alguma coisa... É, e eu penso: pelo menos você ainda SENTE; pelo menos você ainda se LEMBRA."
Por Cecília Láua

Outro trecho do livro que estou escrevendo. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011


"- Sabe, na vida você terá vários sapos e alguns príncipes. Aqueles que estão na sua vida há um bom tempo e, ao fazerem um único movimento, você os percebe, são sapos. Já aqueles que aparecem na sua vida, assim, do nada, e parece que vocês já se conhecem há uma eternidade, são príncipes. Os sapos não ficarão por muito tempo, alguns príncipes de tratarão como uma princesa, mas você se casará com O príncipe que te tratará, sempre, como a rainha que você potencialmente é." - Ana Cecília Pará Láua
Trecho do livro que estou escrevendo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


É mais uma daquelas crises que a gente tem em dias chuvosos, quando não se quer sair de casa, especificamente da cama. Você já terminou de ler aquele livro de jornalismo impresso e não tem mais nada a se prender, porque todos os outros trabalhos já foram adiantados. Em que pensar agora? Nas surpresas? Nas aparições? Nos sonhos?
Sonhar é difícil quando, depois de tanto tempo, você já treinou seu cérebro para não fazê-lo. Dói. Os pensamentos ficam perdidos. A gente fica perdido, sem saber qual deles devemos enraizar, sem saber em qual deles botar alguma fé.
Fé. Costumava-se crer mais. Em tudo. Nas pessoas, no mundo. Em si mesmo. Não há meio de se perde-la, ela não deixa de existir dentro de si, mas perder-se dela durante o caminho é possível. Assim como acontece com o tal do amor.
Aceitar que éramos jovens e estávamos apaixonados pela idéia do amor é dizer que, 1º, envelhecemos e, 2º, fomos idiotas o suficiente para acreditar no clichê romântico e pensar que podíamos viver de pão e água, porque tínhamos um ao outro e isso bastava.
Idiota eu não fui.. meus 18 anos, apesar de parecerem 50, apontam que não, eu não envelheci. Aliás, parecer uma cinquentona é efeito nítido da perda de crença em amores tolos. Existem, sim, histórias de pessoas que só encontram o verdadeiro amor depois de bem amadurecidas e ficam felizes para sempre. Mas as pessoas que eu conheço são as que deixaram para trás uma grande história e se adaptaram a uma paixão pertinente o suficiente para construírem um lar.
Lar. É nisso o que eu penso quando me vem você à cabeça. Casa, filhos, cães e jardim para cuidar. É isso o que eu sei que eu vou ter que sonhar sozinha daqui em diante. Construir sozinha. Com todo o amor que eu sinto por você guardado só para mim. Desejando sempre que você seja a pessoa mais feliz do mundo, que Deus abençoe sempre a sua vida, que encontre a pessoa certa para o caminho que você escolheu.
Somos como uma música velha que é pertinente a uma velha melodia tocada em um piano velho: eternos românticos cafonas abestalhados, que levam lágrimas aos olhos, sorrisos aos rostos e eternidade até a última nota ser tocada.

domingo, 31 de julho de 2011



A pior parte é quando nós temos que deixar partir. Arrancar um pedaço do peito voluntariamente. Vê-lo se afastar cada vez mais pelo vidro traseiro do carro. Foi assim da última vez em que ficamos juntos. Eu te vi sumir atrás, mas ainda estou olhando para o retrovisor. 
Eu não estou conseguindo passar por essa parte. Tirar você de dentro de mim, da minha mente, é suicídio. Um medo mortal de jamais sentir amor novamente. Então eu me apego a isso, ao amor que tínhamos, e que ainda mora aqui. 
Apego… machuca. Está mais do que na hora de eu te colocar no carro e te levar para um floresta. Para você ir viver, encontrar seu caminho; para o seu próprio bem. E eu, ao entrar no carro, não mais te procurar em qualquer reflexo. Saber que eu posso refletir o que tem de melhor em mim e em você por conta própria, sem ter a necessidade de sempre te buscar na memória.
A pior parte é quando nós temos que deixar partir.
Eu já estou dentro do carro, mas você ainda está no retrovisor. Saia, por favor. Assim eu posso ligar o motor e seguir meu caminho.

quarta-feira, 20 de julho de 2011




Foi só hoje que eu consegui perceber o que estava errado. Há tempos já não havia o mesmo eu dentro de mim, tampouco fora. A vida que se ajeita diante dos nossos olhos é o reflexo de tudo aquilo que ocorre por detrás deles. Eu me notei insatisfeita com o contexto, o texto, o enredo, mas não tinha percebido que o personagem, a palavra e a direção também estavam desfalcados. Por sorte sei que depois de toda crise vem o ressurgimento, a renovação, e o foi o que aconteceu hoje comigo.
Fui a um programa de auditório com a banda O Teatro Mágico, que, aliás, fazia tempo que não escutava, e quando o Fernando começou a tocar Realejo, ali, logo nas primeiras notas, na batida leve, eu vi, ouvi, senti você. E pude perceber as tantas coisas boas, todas as facetas que me compunham, que eu perdi, que eu deixei para trás quando decidi esquecer a ideia de um nós futuro. Não só a poesia das milhares de músicas que eu costumava inspirar, mas também toda a poesia que corria no meu corpo nunca mais conseguiu transpirar. De certo que o sofrimento humaniza e a felicidade ludibria, mas eu lutava pelo equilíbrio dos dois e me perdi na batalha. Já não sabia mais quem era adversário e por quem eu devia morrer.
Eu abandonei meus livros... Shakespeare parou de envenenar momentaneamente o meu coração, Vinicius me pareceu tão eterno quanto sua paixão, já não conseguia mais escutar as estrelas de Olavo Bilac, aliás, as únicas que falavam surdamente aos meus olhos eram as que compunham o Cruzeiro do Sul. Agarrei-me às palavras de Caio Fernando Abreu e passei a esperar somente um porre, férias e uma nova paixão, mesmo sabendo que eu não queria, não quero, viver nada disso, prefiro o refresco, o imprevisível do dia-a-dia e um amor pra vida inteira.
Eu abandonei meus papéis e minhas canetas... Verso nenhum rompeu mais a minha realidade do meu ideal. Sentimentalismo nenhum voltou a pulsar nas pautas azuis das folhas, nenhum rabisco conseguiu tirar a angústia do meu desencontro de mim mesma. Fiz desse blog um caderno esquecido no tempo, pois você está em todos as palavras dele.
Eu abandonei as girafas, as morsas, o nosso basenji. Deixei para trás o sono das baleias, Platão e as constelações. Meu último romance foi com Los Hermanos e, então, fechei as portas para toda e qualquer música boa que me fizesse lembrar de você. Por mais que elas ainda estejam no meu dedo, eu as deixei voar para longe, aquelas borboletas azuis que me davam nó na boca do estômago.
Mas fazendo isso eu me esqueci de mim. Não que eu esteja querendo recuperar um egocentrismo que eu, aliás, jamais tive, não, apenas quero o meu eu, que era seu, de volta. Eu era feliz daquele jeito, com aquele sentimento de amar a vida e sentir o pulsar vivo e complexo de cada criatura divina. Foi amando você que eu aprendi a amar o simples fato de estar viva. Burrice minha deixar isso tudo ir embora, ter deixado você ir embora. Acreditar que, ao continuar com tudo, faria-me sentir sempre que minha vida sem você é um grande nada.
Foi só hoje que eu percebi que não pode ser assim, que eu tenho que voltar a ser aquilo que eu fui de melhor, que só assim eu serei livre de toda essa massificação, toda essa coisa "comum" que eu me tornei. Que eu serei toda aquele eu, que era sua, mas só para mim. Impossível receber visita com a casa desarrumada. A partir de ontem em diante estou fechada para limpar o terreno, afofar a terra, pois creio que no tempo certo alguém mudar-se-á para o meu peito e, eu já sendo tudo o que realmente fui e sempre serei, dar-lhe-ei motivos para se enraizar.
Afinal, "Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior" e levarei comigo o conselho: "Camarada, viva a vida mais leve Não deixe que ela escorregue Que te cause mais dor (...) Viva a tua maneira Não perca a estribeira Saiba do teu valor E amanheça brilhando mais forte Que a estrela do norte Que a noite entregou".




DE ONTEM EM DIANTE
"De ontem em diante serei o que sou no instante agora
Onde ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa
Sem a idéia ilusória de que o dia, a noite e a madrugada
são coisas distintas
Separadas pelo canto de um galo velho
Eu apóstolo contigo que não sabes do evangelho
Do versículo e da profecia
Quem surgiu primeiro? o antes, o outrora, a noite ou o dia?
Minha vida inteira é meu dia inteiro
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!
Minha mochila de lanches?
É minha marmita requentada em banho Maria!
Minha mamadeira de leite em pó
É cerveja gelada na padaria
Meu banho no tanque?
É lavar carro com mangueira
E se antes, um pedaço de maçã
Hoje quero a fruta inteira
E da fruta tiro a polpa... da puta tiro a roupa
Da luta não me retiro
Me atiro do alto e que me atirem no peito
Da luta não me retiro...
Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem."

terça-feira, 5 de julho de 2011


Nessa semana que passou eu, para variar, estava reclamando do meu status de relacionamento quando alguém virou para mim e disse "você está sendo muito exigente". Para começar, eu não havia dito traço algum, tampouco trejeito, religião, raça, gênero ou cor a qual a pessoa deveria ter/pertencer/ser. Talvez minha exigência seja com relação ao tempo. Dentro de pouco fará um ano e, mais a frente, dois. Em ambas as situações fui eu que vi partir, e não a que foi assistida. Mas passou. A casquinha da ferida às vezes coça, mas eu tenho me esforçado demais para não sentir o incômodo. E tem surtido efeito.
Confesso, fiquei pensando muito nesse lance de exigência. Mais especificamente se há mesmo um "tipo" que faz meu gosto. Elenquei algumas qualidades e alguns defeitos, mas continuo com o sentimento de incerteza. Talvez seja por causa do processo pelo qual estou passando. Amadurecer é difícil, optar por largar certos hábitos, substituí-los, crescer... e tentar fazer disso algo prazeroso, não um caminho para o fim. E quando não nos conhecemos no momento, quando ora se quer capuccino com canela e outrora um toddy gelado, não há como definir um "tipo".
Por teimosia, ou por falta do que fazer, pensei sim num tipo que caberia nas minhas idas e vindas do mundo da juventude ao mundo adulto. E se você, que pode ser o amor da minha vida, estiver lendo esse texto, não me faça mais esperar, por favor. Meu pai, minha madrasta, minha irmã, meu primo, meus amigos não aguentam mais me ver reclamando de carência. Não, não sou uma pessoa pegajosa, nem controladora, tampouco possessiva. Aliás, isso faz parte do tripé do bom relacionamento: Confiança, Espaço e Conversa.
Mas não quero falar de mim, quero falar de você que ainda não cruzou minha estrada, que ainda não me adicionou no facebook, tampouco fica esperando as minhas mensagens de texto desejando boa noite.
Você gosta de algum esporte? Não, não sou fanática por futebol, mas se você for não tem problema. Se acaso torcer para o Corinthians não conte ao meu pai. Pratica algum? vôlei, tênis, boxe, capoeira, futsal, handball, ou se só dá uma corridinha básica, uma caminhada, uma pedalada... seria um prazer acordar cedo, preparar-te um café saudável e sair contigo para fazê-lo. Se não, não tem problema, prometo voltar antes que você acorde. Aproveito para trazer pão fresco e o jornal. Você gosta de ler? Tenho bons livros em casa, mas, ainda assim, me sinto uma ignorante. Se você tiver um(a) escritor(a) que goste muito e que eu não conheça, diga-me logo, pois posso lê-lo e te conhecer melhor. Se você não gosta de ler, não tem problema, deixe para que eu ocupe minha cabeça com meus livros intelectuais enquanto você não estiver por perto. Você gosta de escrever? Não? Não tem problema, mas saiba que eu gosto muito de ler algo que fale de um nós por entre as linhas. É como se você guardasse a pessoa em tudo o que vive, como se ela sempre fosse uma mensagem subliminar na sua realidade. Eu faço isso, espero que não se incomode. Aliás, você se irrita ou se incomoda fácil? Eu não sou, então pode provocar e importunar à vontade. Porque eu sou o tipo de pessoa que gosta de fazer brincadeiras do tipo enfiar o dedo no seu nariz, na sua orelha, de ficar fazendo careta naquele hora séria que você  não pode rir, tipo quando sua mãe te pega na internet de madrugada falando comigo. Você gosta de conversar? Olha... se a resposta for não, teremos problemas. Sou uma pessoa tímida e não consigo,começar uma conversa e dar continuidade a ela se não houver feedback positivo. Se a resposta for sim, fale comigo. No começo eu vou ficar pensando nas coisas para te falar e posso demorar um pouco, mas eu vou falar, nós vamos conversar. Esse jeito de ter iniciativa para conversas, de se importar, de prestar atenção em coisas interessantes e falar sobre elas, SEMPRE me atraiu muito. Você se interessa pelas coisas da vida? Digo.. pelas pequenas, pelas grandes, por aquelas que passam despercebidos. Essas sempre rendem grandes conversar, e também me dizem que você tem sentimento no corpo, que gosta de perceber o mundo em volta, a vida que corre fora da sua cabeça, que você não tem apenas dois olhos, mas que você enxerga. Você se importa com o que acontece com os outros? Se sim, casa comigo? Brincadeira, brincadeira... mas quem não se importa com o próximo, com a família, antes não faz o mesmo consigo, tampouco fará comigo. Preciso de carinho tanto o quanto darei a você. Casamento, Familia?  Você pensa nisso? Ter uma casa para onde voltar do trabalho, ter um motivo para acordar de manhã e ir para uma rotina de um emprego, de algo que você faz com prazer, para trazer conforto para casa, para levar amor ao ninho, para ver a criança rir e se emocionar quando você der aquele ursinho de pelúcia que ela tanto queria, para ver a quem se ama tão feliz com uma surpresa, com uma noite romântica. Colocar a criança na cama, cobri-la e beijar-lhe a testa. Ir se deitar todos os dias, observar aquele ser humano ao seu lado com tanto amor, afeto, carinho e respeito, como assim era no começo do relacionamento. Aos domingos reunir a família para o almoço, não sei dos seus pais, mas os meus fariam a maior farra com os netos. Se os seus não fizessem, não teria problema, mas exigiria a sua presença da vida dos nossos filhos. E não se desculpe com trabalho, de certo, quando jovem, já teria passado pela sua cabeça que as pessoas são mais que importantes, que nós somos mais importantes. Não perca esse pensamento. Você gosta de comer o que? Eu amo cozinhar. Sem mentira, amo mesmo. O que você me pedir, farei para você comer. Não importa se fosse optar pelo vegetarianismo ou for do tipo que vive de carne vermelha. Eu opto pelo que é saudável e sei ceder com facilidade. Não se importe em dizer que não gosta de cebola, casinha de sapo, alcaparras, alecrim. Ou se você só come arroz, feijão, bife e batata frita. A gene sempre dá um jeito. Se quer saber, amo strogonoff, panqueca e todas as massas. Mas não dispenso nenhum outro tipo de comida, independente de cultura ou gosto. Aliás, se você gosta de cozinhar, nos divertiremos. Você bebe? Se sim, não tem problema, cada um tem seu limite. Mas se você exagerar e começar a fazer feiura, eu vou embora. Se você começar a passar mal, eu fico. Cuido de você, banho-te, zelo teu sono. Mas conversaremos no dia seguinte. O mesmo se aplica a mim. Mas espero que nos conheçamos quando eu já tiver parado de vez. Sim, optei por não beber mais. Um bom vinho sim, mas uma taça apenas. Você fuma? Se sim, não tem problema, mas não faça isso dentro de casa, por favor. Tenho rinite, isso me faria mal. Fora isso, é apenas mais uma característica sua. Não, eu não fumo. Você usa drogas? Se sim, tem problema. Não gosto nada disso. Já vi amigos em situações horríveis e me descabelei para ajudá-los. Não quero passar por nada disso de novo, não quero que você seja um peso para mim. Se não, que ótimo, você é como eu, uma agulha no palheiro.Você gosta de que tipo de filme? Todos? Que ótimo, mas quando for ver os seus de terror, não ligue se eu ficar com os olhos fechado por todo o tempo, tá bem? Tenho pavor de filmes de terror. Do contrário, qualquer outro é sempre bem vindo. Balada ou Bar?  Eu gosto dos dois, então o que estiver bom para você, estará bom para mim. Gato ou Cachorro? Idem à resposta da pergunta anterior. Flores ou Presentes? O que vier de você, que seja um canudinho mordido, guardarei numa caixa separada.
Carro ou bicicleta? Espero que você também não ligue muito para isso. Minha bicicleta sempre foi minha grande companheira. Não tenho pressa mortal em tirar carta. Beijo ou mordida? Um seguido do outro. Carinho? Amo fazer cafuné, espero que goste que eu mexa no seu cabelo. Se não gostar, não tem problema, espero poder segurar suas mãos, ou ainda passear meus dedos pelas suas costas.Você acredita em amor? Eu acredito. Se você não acredita, não comece nada comigo. Procuro alguém que atraia os olhos do meu coração, que me tome de jeito, que consiga domar o meu espírito livre. Na verdade, alguém que me dê motivos para querer ficar, mesmo quando eu deva partir.
É isso o que eu tenho para oferecer. Não importa seu gênero, raça, cor, estilo. Quero morrer de amores por uma alma que encontre na minha o descanso e a paz de um amor tranquilo, e eu consiga o mesmo. Quero alguém que me mostre o mundo diferente novamente. Quero alguém que tenha sempre algo a me dizer, mesmo que seja repetido, que não fale ou faça coisas por obrigação. Aliás, se algum dia nosso relacionamento virar obrigação para você, corte na hora, não vou me doar a alguém que não valorizará. Sou capaz de fazer loucuras pela pessoa amada. Loucuras boas, não pense em instante algum que eu vou hackear seu msn, ou grampear seu celular. Falo daquelas loucuras de quando a gente está cego de paixão. Na verdade, espero que o que tenhamos não seja só paixão. Espero que possamos compartilhar nossas rotinas, que nossos papos variem de notícias do jornal até os filósofos do leste europeu. Mas que nunca, jamais, deixem de passar por nossas vidas, pelo que nos fizemos no dia em questão e que digamos que pensamos um no outro.

Isso tudo é exigir demais?
Sim. Mas minha esperança e paciência são como minha alegria, as últimas a falecerem. Ou como numa analogia, são balões coloridos soltos no ar, estão sempre subindo com a crença de que nunca estourarão.

domingo, 26 de junho de 2011



Que raios de sentimentos são esses agora?
Uma avalanche de estupidez, inutilidade, fragilidade, ciúme, covardia, junto de uma tsunami de desejo, vontade, calor e coragem.
É uma coisa que eu nunca senti na vida. Nunca, jamais. No meu processo de recordação, não me deparei com nenhum troféu que possa titular esse misto de emoções.
Nunca pensei que meu corpo fosse capaz de produzir todas essas sensações simultaneamente.
Estupidez de estar ali, inutilidade de ver outrem fazer o que eu fazia, fragilidade ao sentir aquilo me tocar forte e o ciúme sempre foi autoexplicativo. Covardia é algo que já não mais fazia parte da minha essência, porém é uma sombra no meu ego, superego e id.
Desejo de reviver, vontade de sentir seu calor... Coragem, ao tirar minha mão do carinho da sua, porque eu sei... isso só traria mais sofrimento para todo mundo. Eu não suportaria te ver chorar de novo. Eu não suportaria te ver ir de novo. Eu não sobreviveria a tudo de novo. Não te faria bem, não me faria bem.
Controle... foi preciso muito controle. E isso é o engraçado de tudo: eu sempre tive o controle de tudo, mas não mais. Engraçado? Um masoquista talvez concorde comigo.
Se me perguntar amanhã se acaso eu me lembro de alguma fala, algum sorriso, algum olhar prolongado, vou te dizer que não. Minha mente, de tão bem treinada, quando adormecer dentro de pouco vai fazer questão de embaçar tudo. E o tudo vai se tornar uma data.
Uma data festiva, porém com seus poréns. Foi bom e ... médio. Fico feliz que não tenha beirado ao "ruim".
No final o nada, que foi tudo, e que ficou, vai virar saudade, elevar-se-á ao status de lembrança, vai cair na minha memória e eu só reativarei quando eu quiser me torturar. O que eu tenho feito muito, ultimamente.
Enfim, a maioria pensa que não doeu, mas só eu sei o quanto que  a casquinha do machucado está coçando.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Às vezes é uma música, uma prosa, uma poesia, que nos fazem parar para pensar nos rumos que a vida vai tomando.
Tomar, em todos os sentidos que possa ser entendido, eu já não quero mais. O regresso também é uma forma de evolução. Aliás, para que haja desenvolvimento, para que haja avanço, o retorno é sempre necessário. O próximo passo frente ao presente já precisou de um passado para existir. Esquecer é uma opção que só se torna válido quando o real vale mais, marca mais, envolve mais.
Não há real para mim, agora. Não existe amanhã, ainda. Então não me culpe por voltar ao passado todo o tempo. Ele me indica os erros em que me graduei e de que preciso desistir para agarrar a uma outra carreira mais promissora. Os acertos são perfeições que eu me atrevo a atingir, mas nunca garanto nada. Prefiro ficar no meio termo, na tentativa que exige de mim coragem, astúcia, perseverança. Ter sempre em mente um novo objetivo para ser cumprido no dia que se está, jamais deixar-te-á sem ambição, jamais deixar-te-á sem motivação. Os obstáculos estão ali para testar sua capacidade de falhar e sua capacidade de triunfar.
Obstáculos... Sentimentos são obstáculos. Ter, talvez, amadurecido para lidar com eles, faz-me possuir tanto a ser dado, porém ninguém para receber.
Meu maior obstáculo, agora, é a espera por você que ainda não cruzou meu caminho.

domingo, 24 de abril de 2011


Às vezes penso que não sirvo mais pra relacionamentos, sejam eles amorosos ou fraternais.
Fico mais à vontade com um rio calmo em minha frente, uma pedra, um arbusto, um pôr-de-sol, pois eles não exigem nada de mim. Basta eu estar olhando, estar presenciando o acontecimento harmonioso de todos eles.
Eu não sei mais como é amar, não sei mais o que é me apaixonar. Fui endurecendo, enrijecendo, atrofiando os sentimentos. Criei um bloqueio mental que barra meu coração, que me impede de me deixar levar.
Eu não sirvo mais pra relacionamentos. Eu não sei mais o que é amor.
Logo que algo assim já acontece, todos os pensamentos vêm à cabeça. Os bons e os ruins.
Dizia que meu espírito era livre e esperava quem o domasse, mas passo a crer que meu espírito é solitário. Aliás, o que eu sou ou o que eu deixei de ser, não sei mais. Antes eu tinha comando, mas e agora?

Aí chegou alguém.
E eu penso que pode ser algo novo, que pode ser bom, que pode me fazer bem. E faz. Mas logo se torna breve. É família que cobra confiança, que cobra consequencias, que cobra de mim atitudes diferentes. E tudo vira.
Querer me entregar eu quero, mas não consigo fazer isso ao desconhecido. É o medo. Pra evitar um possível término eu já opto logo por não começar. Meu peito já se cansou de rompimentos.

A verdade é que meu peito está cansado de tristeza, frustrações, decepções. Acho que não dei tempo para que ele se recuperasse. Não sei se ele está pronto pra se entregar novamente. Ele não sabe, pois tem hora que ele se agarra ao sentimento, outra hora ele não o quer pra si.

Eu só quero viver minha vida, porque dela eu tenho total controle.