terça-feira, 17 de janeiro de 2012

É, para mim está sendo mais difícil me desapegar de você. Mas eu não posso negar que isso está em processo e, talvez, mais rápido do que eu imaginava que fosse ser. Acontece que tem dias, na verdade, momentos de um dia em que aquela coisa acerta em cheio. Coração, memória... fraquezas.
Dois anos e dois meses de reflexão e eu descobri que o que falta(va) para mim é(ra) eu me perdoar, o que não acontece(u) porque eu, até então, não consegui(a) acreditar quando você diz(ia) que me desculpa(va). Até que eu passei a fazer disso uma verdade. Ficou mais fácil.

Refletindo também pude chegar à conclusão de que eu, talvez, estivesse sendo egoísta DEMAIS por ainda sentir esse amor que me transborda. Porque eu, talvez, só quisesse sentir aquilo que era bom, talvez só quisesse me prender a um ridículo "status" de "eu amo alguém perdidamente", mas principalmente, egoísta demais por querer manter isso só porque quando eu estava com você, eu era melhor, muito melhor. Porque quando eu amava incondicionalmente você, era o melhor de mim, por mais que não fosse o suficiente.

Eu não posso, não devo, não quero acreditar nesse egoísmo, pelo simples fato de que quando éramos nós, não havia possibilidade de eu ser egoísta, de eu ver malícia. Um pouco medrosa, confesso, meu maior erro foi atender a uma covardia mascarada de uma liberdade que ainda não havia provado, de uma malícia, uma"segunda intenção" que eu ainda não conhecia. E foi esse medo que me levou a pensar que isso, que ainda acelera meu músculo cardíaco, era só um mecanismo de defesa com o intuito de não me fazer esquecer daquilo que havia de melhor em mim, de você.

Isso é impossível. O desapego de você é muito mais difícil do que de qualquer outra coisa. Não é como uma droga, nem nada do tipo. Muito pelo contrário, jamais compararia algo de carga tão negativa a tudo de bom e positivo que realmente é. Mas acontece que tudo o que há de melhor em mim se resume a você. E quando eu tento ser o que há de bom em mim, eu acabo sendo o que éramos nós.