terça-feira, 27 de setembro de 2011

"- O problema é que eu esperava você aparecer, dar um sinal de vida. Eu sabia que não haveria mais os "Boa noites", nem os "Bom dias", pelo celular. Sabia, também, que o carteiro não mais me traria notícias suas. Porém, ainda assim, eu exigia - mesmo sabendo que não devia - que você me mandasse um torpedo no dia do meu aniversário, que desejasse "Uma Feliz Páscoa com muitos presentes, e um Feliz Natal, com muito chocolate", que, pelo menos, uma vez no semestre você pudesse me perguntar se eu estava bem. Eu só podia esperar. Talvez você aparecesse do nada com uma história interessante pra me contar - talvez só aparecesse. Mas acontece, e é bom. De vez em quando você sente uma pontinha saudade, lembra-se de alguma coisa... É, e eu penso: pelo menos você ainda SENTE; pelo menos você ainda se LEMBRA."
Por Cecília Láua

Outro trecho do livro que estou escrevendo. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011


"- Sabe, na vida você terá vários sapos e alguns príncipes. Aqueles que estão na sua vida há um bom tempo e, ao fazerem um único movimento, você os percebe, são sapos. Já aqueles que aparecem na sua vida, assim, do nada, e parece que vocês já se conhecem há uma eternidade, são príncipes. Os sapos não ficarão por muito tempo, alguns príncipes de tratarão como uma princesa, mas você se casará com O príncipe que te tratará, sempre, como a rainha que você potencialmente é." - Ana Cecília Pará Láua
Trecho do livro que estou escrevendo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


É mais uma daquelas crises que a gente tem em dias chuvosos, quando não se quer sair de casa, especificamente da cama. Você já terminou de ler aquele livro de jornalismo impresso e não tem mais nada a se prender, porque todos os outros trabalhos já foram adiantados. Em que pensar agora? Nas surpresas? Nas aparições? Nos sonhos?
Sonhar é difícil quando, depois de tanto tempo, você já treinou seu cérebro para não fazê-lo. Dói. Os pensamentos ficam perdidos. A gente fica perdido, sem saber qual deles devemos enraizar, sem saber em qual deles botar alguma fé.
Fé. Costumava-se crer mais. Em tudo. Nas pessoas, no mundo. Em si mesmo. Não há meio de se perde-la, ela não deixa de existir dentro de si, mas perder-se dela durante o caminho é possível. Assim como acontece com o tal do amor.
Aceitar que éramos jovens e estávamos apaixonados pela idéia do amor é dizer que, 1º, envelhecemos e, 2º, fomos idiotas o suficiente para acreditar no clichê romântico e pensar que podíamos viver de pão e água, porque tínhamos um ao outro e isso bastava.
Idiota eu não fui.. meus 18 anos, apesar de parecerem 50, apontam que não, eu não envelheci. Aliás, parecer uma cinquentona é efeito nítido da perda de crença em amores tolos. Existem, sim, histórias de pessoas que só encontram o verdadeiro amor depois de bem amadurecidas e ficam felizes para sempre. Mas as pessoas que eu conheço são as que deixaram para trás uma grande história e se adaptaram a uma paixão pertinente o suficiente para construírem um lar.
Lar. É nisso o que eu penso quando me vem você à cabeça. Casa, filhos, cães e jardim para cuidar. É isso o que eu sei que eu vou ter que sonhar sozinha daqui em diante. Construir sozinha. Com todo o amor que eu sinto por você guardado só para mim. Desejando sempre que você seja a pessoa mais feliz do mundo, que Deus abençoe sempre a sua vida, que encontre a pessoa certa para o caminho que você escolheu.
Somos como uma música velha que é pertinente a uma velha melodia tocada em um piano velho: eternos românticos cafonas abestalhados, que levam lágrimas aos olhos, sorrisos aos rostos e eternidade até a última nota ser tocada.