terça-feira, 27 de setembro de 2011

"- O problema é que eu esperava você aparecer, dar um sinal de vida. Eu sabia que não haveria mais os "Boa noites", nem os "Bom dias", pelo celular. Sabia, também, que o carteiro não mais me traria notícias suas. Porém, ainda assim, eu exigia - mesmo sabendo que não devia - que você me mandasse um torpedo no dia do meu aniversário, que desejasse "Uma Feliz Páscoa com muitos presentes, e um Feliz Natal, com muito chocolate", que, pelo menos, uma vez no semestre você pudesse me perguntar se eu estava bem. Eu só podia esperar. Talvez você aparecesse do nada com uma história interessante pra me contar - talvez só aparecesse. Mas acontece, e é bom. De vez em quando você sente uma pontinha saudade, lembra-se de alguma coisa... É, e eu penso: pelo menos você ainda SENTE; pelo menos você ainda se LEMBRA."
Por Cecília Láua

Outro trecho do livro que estou escrevendo. 

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