sábado, 20 de novembro de 2010

Acho que o que está errado é fato de que sempre fui ser de amor completo e completo de amor.
Não sentí-lo é como autotraição, autodestruição.

É ruim.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Existem duas dores de amor



A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,


com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também… (…) Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente… E só então a gente poderá amar, de novo"

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido."

-*-

"porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência."

-*-

"Essa morte constante das coisas é o que mais dói"

-*-

Só um pouco de Caio Fernando Abreu
- indico.



Esse vídeo é de uma peça teatral de um livro chamado Crave, escrito por uma escritora inglesa chamada Sarah Kane.
- indico.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010




Eu ensaiei o post toda a noite. Mas ele se esvaiu como bexiga cheia d'água quando encontra uma ponta.
Mais um noite meio difícil. Turbulenta de sentimentos. De planos, de sonhos, como sempre.
Eu já declarei aqui o quão viciada eu sou nos filmes da Walt Disney / Pixar? Já declarei o quão interessante e intensos eles são?
Que fique declarado.
É lindo o final do Pocahontas. A escolha dela. O Lar.. assim como no Mulan, como a Bella se prende em lugar do pai, como o Querido e a Querida têm um casamento lindo, como a Tiana quer realizar um sonho em conjunto, como o Rémy lida com a crise de identidade, como o Woody e o Buzz ficam juntos no final, como a Bu encontra um pai no Gatinho, rs. E, é claro, existem outros tantos momentos da Disney em que eu me fascino. Mas o mais incrível de todos, sem uma ponta de dúvida é aquele, do filme clássico O Rei Leão, em que a Nala cobra do Simba toda a responsabilidade de quem ele era; quando eles brigam e ele vai ter com o Rafiki o reencontro com a imagem do pai, o reecontro de si, e resolve retornar. Resolve lutar pelo lar, pelo reino, que é seu por direito, por nascença. É Coragem.
Lar... dizem que é pra onde nosso coração quer voltar.
E se for pra onde ele quer ir?
E se for utópico.
Bem, o post será irregular. A coerência também estourou junto da bexiga.
Vamos falar de sonhos?
Posso falar do meu?
"Viver na tranquilidade de um amanhecer batendo no jardim de entrada. Levantar da cama de lençóis brancos e ir preparar o café. Deixar o aroma do café tomar a casa, assim como é na casa da minha avó. Ver se a criança ainda está dormindo. Ver como é ingênuo a maneira dela dormir e pensar se eu assim o fazia. Sorrir ao lembrar. Ir para fora, para o quintal e dar bom dia ao cão. Deixá-lo entrar em casa. Ir com ele até a varanda e pegar o jornal. Lê-lo enquanto tomo um suco de laranja. Lavar a louça. Deixar o cão dormir no tapete da cozinha. Ir para um banho. Acordar a criança e dar a ela o que comer. Deixá-la se divertir no chão da sala, assim como eu fazia quando pequena. Ir cuidar do meu jardim. Regar, cortar, embelezar - como se fosse possível tornar mais belo. Fotografar outras borboletas para a coleção. Entrar, banhar a criança e ir preparar o almoço. Almoçar junto, sair para uma voltar. Retornar para colocar a roupa de missa. Ah, seria um domingo! Ir à missa. Sair mais leve do que antes. Jantar fora. Voltar pra casa, ninar a criança. Preparar uma taça de vinho e sentar à mesa na cozinha. Olhar para o cão, acarinhar sua cabeça às orelhas. Colocá-lo para fora. Apagar as luzes e ir para a cama. Arrumada ou não. Dormir."
É, seria uma parte do sonho. A outra fica para outro dia.
Mas hoje, diante deles, sinto-me como provavelmente me sentiria dentro de uma loja de brinquedos em Orlando: as a child holding a hand and looking all those things as they were like a magical kingdom with all that richness. Without touch a thing.

bye.



Eu sempre fui apaixonada por eles.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010


Eu estou tentando. Isso é sério. 
Deslumbrada com a minha perseverança em fazer isso passar logo.
Em finalmente matar aquilo que tem vez adormece. Tem vez acorda.
Sempre permanece.


Eu estou tentando não pensar. Isso é sério.
Assustada com o vazio que acaba como resultante.
Com a completa inércia de um nada em equilíbrio dinâmico.
Seria falta de impulso.


Eu estou tentando não comer. Isso é sério.
Quero discernir quando é a dor irremediável
Ou quando é apenas fome.
Quase sempre é o primeiro.


Eu estou tentando não adormecer. Isso é sério.
Tamanho é o receio do sonho inesperado.
De ver seu rosto, à minha frente, pintado.
De parecer ser real.


Eu estou tentando, e isso é sério, dizer em voz alta para meus ouvidos crerem que não há mais do que havia.
Eu estou tentando, e isso é sério, parar de dizer o seu nome sem, ao menos, verbalizá-lo.
Eu estou tentando não olhar para o céu, tampouco pr'aquela árvore em frente minha casa.
Eu estou tentando sonhar sozinha.
Eu estou tentando apagar você das minhas ambições.


Mas às vezes dói.


Dear John.
- É um filme que eu recomendo.

domingo, 17 de outubro de 2010

O Rio.
Ele estava sentado à beira do rio. Observava o mar à frente dele. Mas não era o salgado, era o pedregoso. Um mar de infinitas montanhas. O qual ele já havia mirado outras centenas de vezes pensando o que haveria do outro lado. Achando que ela estaria do outro lado.
Aquela mulher chegou novamente. Com os pés descalços, não fazia barulho ao tocar o chão, as gramíneas que ali havia. O vento roçava no seu suave vestido branco. E eram os únicos sons que ele ouvia: a água correndo no seu eixo e o tecido do vestido dela balançando e batendo-se sem um sentido. Da sua feição não se recordava bem. Aliás, essa era uma das pouquíssimas memórias de que ele não se lembrava da feição dela. Talvez porque não a olhava na face ao decorrer da prosa. Faz sentido tal hipótese, pois da voz dela ele se lembrava bem.
- O que te aflige? – ela o incitou.
- O que há do outro lado do mar.
- Mas isso é um rio.
- Refiro-me ao de morros.
Ela os mirou por longos instantes. E ficou em silêncio.
- O que te aflige? – ele, curioso, perguntou.
- Aquilo que queres do outro lado.
- É um amor perdido.
- Perdido? Ora, disse-me há pouco que está do outro lado?
Ele refletiu.
- Então não está do outro lado. – ela concluiu sozinha.
- Talvez não.
- E se estiver no final do rio?
- Como vou saber?
- Deixe de ser tolo. É óbvio: siga o curso do rio.
- Como saberei onde é o final.
- Boa pergunta.
Eles se calaram. E assim permaneceram. A água do rio continuou seguindo o seu curso. Não importava a pedra que estava no fundo, ou as que estavam aos montes na superfície. A água seguia. Simples e límpida, esperava um mar para desaguar. Ele também.
Veio então uma majestosa lepidóptera, daquelas enormes, reluzentes de tão azuis, assim, que cabem na palma da mão, e pousou descansadamente em seu joelho direito.
As pernas dele estavam encurvadas, seguradas pelos seus dois braços e antebraços. As mãos se laçavam no fim para segurar o peso. A cabeça estava erguida com o olhar longe.
Em pouco, seu olhar – e também, por conseqüência, o dela – repousou nas asas da linda borboleta. E ali ficaram admirando-a.
- Por que você gosta de borboletas? – Ela perguntou. Ao fazer isso estendeu o dedo perto do joelho dele. A beleza pequenina, sem pensar muito, foi equilibrar-se no dedo dela.
Ele sorriu antes de começar a falar.
- Porque elas são pacientes. Nascem larvas, encasulam-se e depois se transformam no que realmente são em potencial. Então, alçam vôos por longínquas terras, experimentam sabores de diversas flores, seus perfeitos perfumes. Admiro-me com o tempo que aguardam para serem felizes.
- Felizes?
- Sim, felizes. Poder alçar vôo. Mudar-se para um jardim diferente, provar de tantas qualidades, diferentes entre si. Não há defeitos, são apenas trejeitos diferentes. E sem saber o quanto aquilo vai durar. Vinte e quatro horas? Quarenta e oito horas? Setenta e duas horas? Uma semana? Quem sabe? Ela não sabe. Admiro o quão discretas são.
- Discretas?
- Sim, discretas. Batem asas contra o vento, pousam aqui e ali, vivem, e não fazem um ruído sequer. Uma vida a espera de uma felicidade indescritível, e nenhum ruído.
- Espera?
- Sim.
- Mas ela nasce, vive, depois procura um lugar para se encasular, para desenvolver seu potencial. Lá dentro do casulo sabem-se lá dos planos que passam por sua cabeça. Liberta-se e voa. Voa como se um dia não tivesse fim. Voa procurando a idéia que houve dentro do casulo. Sabe o jardim que quer e vai atrás. E ela acaba encontrando a flor que merece toda a atenção do mundo. Todo cuidado, todo carinho, toda a sua simplicidade.
Ele ficou quieto. Então ela...
- Entendeu?
- Entendi.
- E o que está esperando para seguir o curso do rio?
- O meu casulo se abrir.
Ela riu alto.
- Tolo, nós não temos casulos.
- Não?
- Não, lógico que não. Somos como um rio. Tem uma nascente pura; um curso ora desgovernado ora calmo, ora tortuoso ora reto – quase infinito; então deságua num mar. O rio falece, não é mais doce. Mas há a nascente que não pára. Novas águas vão passar. Se você entrar agora no rio que se estende a nossa frente, meu bem, jamais se banhará na mesma água daqui um único ímpeto.
- O que quer dizer?
- Quero dizer que o que está perdido não está num tempo e tampouco num espaço. Está eterno dentro da dúvida que aflige teu peito. Se seguires o curso do rio, encontrarás o queres.
Ele ficou quieto novamente. Fitando a pequena grande borboleta.
Ela, a moça, tinha conhecimento da dúvida que havia dentro da mente dele e de prontidão a respondeu – antes mesmo que os dentes e a língua dele fizessem esforço para falar.
- Responda-me, o que há no horizonte?
- Mar de morros.
- Isso é um problema?
- É um grande problema. Veja! São enormes.
- Estenda sua mão em direção a eles.
Ele o fez.
- Agora tente medi-las.
- Como?
- Coloque seu polegar na altura da base deles e o seu indicador no topo. Feche um dos olhos.
- Assim?
- Isso. Agora, traga sua mão para perto de ti.
Ele obedeceu novamente.
- De que tamanho estão?
Ele sorriu.
- Veja bem, do que serias capaz por esse amor?
A borboleta saiu do dedo dela e pousou na mão dele.
- Eu? Seria capaz do pior e do melhor. Seria capaz do sonho e da realidade. Seria capaz do impossível e do possível.
- Irias até a lua e voltavas por ela?
- Sim.
- Irias buscar uma estrela para ela?
- Sim.
Ele foi arfando o peito.
- Irias atrás da maior riqueza para ela?
- Sim
- Irias atrás do maior monumento para ela?
- Sim.
- Percorreria um rio, um mar, um céu, um tempo, para chegar até ela?
- Sim.
- E se no final, ela te renegasse. Sentirias ódio?
- Não.
- Morrerias?
- Não.
- Render-te-ias?
- Não.
Fingindo espanto, ela então perguntou:
- Ora, o que farias?
- Eu viveria sozinho por ela. Só, sempre só, por ela. Só por ela.
Nessa altura da conversa ele já estava de pé. A borboleta no seu ombro esquerdo. A moça pouco atrás do ombro direito dele.
Ela colocou sua mão sobre a dele, estendeu à frente e mediu, com o polegar e o indicador dele, qual era a distância entre o presente e o futuro. Ele trouxe a mão para perto de si e sorriu novamente.
Por último ela sussurrou no ouvido dele:
- Encare a distância entre aqui e o final como só até aonde seus olhos podem alcançar. Se ainda for grande, tente medi-la conforme te ensinei. Assim terás um pequeno problema a ser resolvido bem na palma da sua mão. Agora vá, sem mais perda de tempo. Muitas águas se passaram durante nossa conversa. Você é outro. Seus erros já foram arrastados. O acúmulo de areia lá na frente está grande, mas, se fores como a correnteza que você é agora e responder à paciência que está te acompanhando, então logo o problema será resolvido. Ainda que o logo dure todo o percurso.
Ele deu o primeiro passo e não doeu.
O segundo, o terceiro, e os seguintes vieram naturalmente. Ele sorria.
Atrás não havia mais ninguém. O lobo vinha ao lado de língua de fora e o rabo abanando. A borboleta no ombro esquerdo, os valores no direito.
No peito, ela.
Sempre ela.
Só ela.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

É só um preço a ser pago.

domingo, 10 de outubro de 2010

'O pessimista compra passagem de ida e volta, o confiante compra apenas passagem de ida, o apaixonado vai de carona para nunca mais voltar.'

Desse vez o horizonte foi um sim ou um não.
A insanidade ou a sensatez.
O ir ou não ir.
O possível mais que impossível.

Mas ainda houve horizonte.
E por conta do que já passou,
erros meus.
Só.

Novamente: o que vale a pena?
Quanto é o risco?
Quanto vale tentar?

Eu tentei e quase consegui.
Agora é aceitar e
Esperar o peito desacelerar.

sábado, 9 de outubro de 2010

De ontem em diante, quero tornar cada arrepio na pele um motivo para espanto, comoção e mudança.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Outro texto que achei nos meus guardados.
"Esses dias descobri porquê nós, humanos, seremos eternamente insatisfeitos, seremos eternamente infelizes, eternamente peregrinos de uma busca sem lógica. É simples: Porque o sol e a lua jamais se encontrarão.
Dois amantes eternos perdidos no tempo e no espaço divididos por uma tênue linha: O Horizonte.
Quando um cai, outro se levanta.
O Crepúsculo? Belo, puro e aconchegante, é a esperança flamejante que um tem de poder tocar o outro.
A Aurora? O prazer que ele tem em fazê-la dormir.
A noite? A necessidade dela de reluzir o amor luzente para nunca perdê-lo.
Dias nublados? É, às vezes aperta no peito dele a insatisfação da distância.
Noites escuras demais? É, às vezes, nela, bate um sentimento de evanescimento. Sumir, sem luz.
A chuva é o cair das lágrimas de ambos.
Bem, sempre buscando, sempre quase alcançando, viver rodando um atrás do outro, sempre separados por uma linha fina, a um horizonte do toque, a um dia de distância, a uma noite de amor.
Não pensem que eles são egoístas. Que só porque nunca se tocarão, fazem-nos seres eternamente pesarosos. Não, muito pelo contrário. Não vejo exemplo maior de altruísmo, afinal, com tudo isso, ele nos dá a vida e ela nos dá o descanso. Um dia azul, uma noite estrelada.
Egoístas eles não são.
Às vezes de tão opostos são iguais.
Às vezes de iguais são opostos.
De tudo, são dispostos.
Às vezes ele é ela. Ela é ele.
Há um complemento de igualdade, mesmo quando há oposição.
É, a culpa é do horizonte, meu bem.
(4h34 min)"

domingo, 3 de outubro de 2010

Um post sem foto?
É, está na hora de começar a fazer as coisas de modo diferente.
A começar por um post. Que, afinal, é uma mostra escrita do que ronda aqui dentro.

Ultimamente poesia travada. Poesia falha.
Agora poesia platônica.
Sempre a eterna poesia platônica.

Sinceramente eu vou dizer. Sem máscaras, cansei de usá-las.

Situações acontecem e, na maioria das vezes procuramos causas dessas situações.
Na maioria elas não existem. Só vêm para nos levar a crer que a culpa é parcial.
Noutras, talvez venha com bagagem de certeza.
Há momentos em que digo que certas coisas deveriam realmente ter acontecido.
Sem tirar minha culpa, sem colocá-la em decimais, tampouco porcentagem.
Errei, fato. Mas penso na causalidade do erro, penso que "foi de propósito".
E assim eu consigo tirar os lados bons e os lados ruins.
Tento consertar, reparar, retornar.
Alguns chamariam de cara-de-pau. Ultimamente descobri que isso também é coragem.
É, tenho sido corajosa.
(E o que é coragem? Cor-agem. Agir com o coração)
É tenho ouvido meu coração.
E tudo tem dado mais certo.
Ou pelo menos caminha para das menos errado.
Reconquistar... tarefa difícil, mas não impossível.

Abraço.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


"Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
que nada nesse mundo levará você de mim
eu sei e você sabe que a distância não existe
que todo grande amor
só é bem grande se for triste
por isso, meu amor
não tenha medo de sofrer
que todos os caminhos me encaminham pra você."


Outro que eu achei em meus guardados. Mas não é meu não.
Eu não teria tanta proeza, rs. É de alguém importante, mas não me lembro quem.
-.-

A terça parte

Diferentemente de outrem, sou feita em três.
Uma inteira em três partes.
Dificultando o resultado.

Diferentemente deles, sou ágape.
Ágape que se perdeu no Eros em busca
-errônea- pelo um terço que falta.

Sou um terço de reza
de prece
de sonho

Sou um terço de chão
de ninho
de lar.

Mas falta. Sempre falta.
E dou a face ao afirmar.
Falta o um terço do amar.

Mas eis que me vem o segredo,
que minh'alma ja me havia antes revelado,
alguém que tenho sempre amado.

A terça parte do meu ágape amor
não é quem está ao lado
mas quem está do outro.

-.-

Para um recomeço até que essa ficou boazinha né?
Quanto tempo eu não escrevia poesia não é mesmo?
Poesia é pra gente corajosa, destemida, e eu não estava o sendo.
É.. são as almas similares.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Algo que achei nos meu guardados.

"Por que um ser obcecado por amor é incapaz de sentir tal sentimento? - um dia me perguntaram.
E noutro dia - com dias longos entre o da pergunta e essse - assentei-me para responder. Sem saber o que fazia ao certo, escrevi: A pergunta acima está incorreta, mas mesmo assim, eu tentarei respondê-la.
Os seres obcecados por amor são apaixonantes e apaixonados.
Apaixonantes pelo fato de serem complexos e simples, racionais e irracionais ao mesmo tempo. Conseguem sobrepor a razão, mesmo sendo dependentes dela. E vivem inteiramente de emoções, querendo ou não. Falam de algo que simplesmente desconhecem e o praticam durante toda a vida, sem saber que estão usando.
São extremamente radicais! E só conseguem se libertar totalmente, só conseguem atingir a felicidade, quando deixam de temer os atos tomados pelo coração. São únicos, pois são capazes de amar sem intenção, sendo assim apaixonados.
São apaixonados por tudo e por todos - Paixão em sentido de encantamento -, seu único princípio é o amor e , com isso, estão condenados a sofrer antes de serem completamente felizes (amar é sacrificar-se).
A única certeza dos "obcecados por amor" é a de que: Mesmo não sabendo o que é amor, e sabendo que é impossível generalizá-lo, eles têm uma carga enorme guardada dentro de si - um sorriso franco e ele vem à tona -, esperando somente a pessoa que mereça recebê-lo aparecer. Só que essa pessoa tem que saber retribuir.
Sabem também que vão sofrer o quão for necessário para que o resultado seja a felicidade, mesmo que seja a de quem se ama, não a sua.
Mas então, o que é amor? Como é possível retribuir algo que eu não sei o que é? Como é possível renunciar ao que não se conhece? Como posso chegar para alguém e dizer EU TE AMO se eu não sei como é isso?
Porra, EU TE AMO não é Bom dia.
."

Valer a pena?
O que vale a pena para você?

Desse texto confuso eu tirei minha primeira poesia, mesmo que em prosa.
E relenedo-a  fui refletindo sobre uma história.
História sem fim.

O que vale a pena?
Tem vezes que o sofrimento vale a pena. Quando vier um sorriso do outro lado.
Tem vezes que o sacrifício vale a pena. Quando vier amor no final.
Tem vezes que a covardia vale a pena. Quando vier o desejo de ser corajoso.
Tem vezes que a omissão vale a pena. Quando vier o entendimento, vê-se que o silêncio fala mais alto que palavras ditas.

Vale a pena o risco de mudar e voltar para um reino em pedaços.
Vale a pena a fuga para a força da mudança, ainda inocente, amadurecer.

O arrependimento vale a pena somente quando a intenção é fazer diferente do que foi feito.

"Os olhos mentem dia e noite a dor da gente".

quinta-feira, 12 de agosto de 2010




Numa coincidência indizivelmente inacreditável chegaram a uma conclusão idêntica à anterior.
Mesmo eu tendo mudado, o quanto achei que não mudaria.
Mesmo eu tendo ficado, como achei que não ficaria.
Mesmo eu tendo aceitado, como achei que não aceitaria.
Mesmo eu tendo me conformado, como achei que não me conformaria.

A reinante em mim é a COVARDIA.

O que prova mais uma vez que o problema não é a pessoa.
Sou eu.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Saindo da Inércia.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

"E não sou rancoroso. Leva a chave para o caso de querer voltar."
http://www.klickescritores.com.br/ivanangelo/liv_oladrao.htm

Excelente esse texto.

sexta-feira, 16 de julho de 2010


Uma caminhada na praia é significativa.

sábado, 19 de junho de 2010

Eu DEFINITIVAMENTE preciso sumir.

sexta-feira, 18 de junho de 2010


I'm pushing up daisies, I wish they were roses


I feel like I'm drowning but nobody knows it


I'm pushing up daisies, I wish they were roses


I feel like I'm dying, just want you to notice






somehow the grave has captured me


show me the man I used to be


just when I feel my breath is running out






the earth moves and you find me, alive but unworthy


broken and empty, but you don't care


cuz you are my rapture, you are my savior


when all my hope is gone, I reach for you


you are my rescue


you are my rescue






I'm swimming to safety, but even with my best


if I don't see that rope soon, this might be my last breath






somehow the grave has captured me


show me the man I used to be


just when I feel my breath is running out






the earth moves and you find me, alive but unworthy


broken and empty, but you don't care


because you are my rapture, you are my savior


when all my hope is gone, I reach for you


you are my rescue






don't let me drown


can you hear me


cuz I am


"drawlin out" (not sure)


I'm underground


won't you pull me out






the earth moves and you find me, alive but unworthy


broken and empty, but you don't care


because you are my rapture, you are my savior


when all my hope is gone, I reach for you


you are my rescue


you are my rescue


yeah, you are my rescue


yeah! you are my rescue






I'm pushing up daisies, I wish they were roses


I feel like I'm dying, just want you to notice...

quarta-feira, 16 de junho de 2010



É, eu estou precisando de um abraço agora.
Um sem malícia, sem palavras, sem consolo.
Só dois braços se entrelaçando nas minhas costas, apertados.
De tão apertados que façam todas as possíveis lágrimas saírem dos meus olhos.

Para que eu possa viver novamente.

>< e sabendo que você vai estar sempre lá.

quarta-feira, 9 de junho de 2010


My words are like knives

sexta-feira, 12 de março de 2010


Este infinito amor de um ano (5meses) faz
Que é maior do que o tempo e do que tudo
Este amor que é real, e que, contudo
Eu já não cria que existisse mais.

Este amor que surgiu insuspeitado
E que dentro do drama fez-se em paz
Este amor que é o túmulo onde jaz
Meu corpo para sempre sepultado.

Este amor meu é como um rio; um rio
Noturno, interminável e tardio
A deslizar macio pelo ermo...

E que em seu curso sideral me leva
Iluminado de paixão na treva
Para o espaço sem fim de um mar sem termo.

- Soneto do Amor como um rio. Vinicius de Moraes.

- modificações by me.

- Eu não podia deixar que postar esse soneto que é tão verdadeiramente real no meu presente.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O que são cem anos para quem ama de verdade?


O ruim da fantasia é que ela não é real.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010


Naquele dia ele QUIS sumir para o outro mundo. Para aquele em que a praia de areia fina e branca o esperava. Fresca.. úmida. O mar de águas prateadas, de uma temperatura não fria, mas que refrescava o corpo quente. Os ventos, as brisas, mornas, arrastavam os cabelos castanhos dele para um lado e para o outro. De olhos semicerrados ele ficava, para o caso de algum grão de areia quisesse se aventurar nas suas negras íris. A bata branca esvoaçava. A calça, que não era jeans, mas de um tecido mole, também dançava no seu corpo.
Virou a cabeça de um lado a outro procurando aquela figura que o acolheria e conversaria e o escutaria. E a viu. Estava sentada numa cadeira.. comum. Feita de madeira, com um alto espaldar. Sob a sombra de algumas árvores que cercavam a praia. Vestia um vestido branco, longo, os pés desnudos, iguais aos dele, pisavam levemente, quase que flutuantes na areia. Os cabelos negros iam na direção do vento. Longos e cacheados eles eram. Os olhos, um castanho outro mel.
Ele correu em sua direção e deitou sua cabeça no colo dela. Susto? Não, ela já esperava. Ela já sabia.
"O que aconteceu Mateus?" - Ela perguntou sem fazer um único movimento com os lábios.
Mateus esperou um pouco para responder. O som da voz dela era tão confortante, tão assegurador, era tão maternal. Um quê materno que ele nunca tivera.
- Eu não fui feito para o amor.
Estabeleceu-se um silêncio nesse momento. Até os ventos se silenciaram. As ondas pararam de quebrar e os pássaros pousaram mais perto para escutar.
"Estou disposta a escutar seus argumentos para tal conclusão".
- Quando amo, quando desejo uma pessoa mais que a minha própria existência, sempre saio machucado.
"Explique".
- Amar, para mim, é como nadar no mar. As marolinhas me deixam fogoso. Num estado de êxtase. Até vir a onda que quebra na minha nuca e me faz rodar. Faz-me perder o ar. Faz-me perder os pensamentos. Essas águas, por mais que inconstantes, levam e trazem de volta cheiros, lembranças, costumes antigos, um eterno viver com o passado. Essa inconstância constante me afoga nas lágrimas e nos soluços do próprio mar. A mudança da lua, da maré, machuca-me o peito por causa da pressão, ou rala meus joelhos no raso que antes era fundo.
"Isso não acontece só quando se ama alguém Mateus. É a vida. O eterno constante do inconstante. O eterno viver em todos os tempos. Prendendo-se em um, tentando esquecer os outros. Sempre cairá, sempre sufocará, sempre se afogará. O sempre, o eterno, o nunca, o jamais, o ontem, o hoje, o agora, tempos, ondas que sempre quebram no mar do tempo. É a vida."
- Não. A minha vida é a terra. É me enfiar nos buracos, subir os morros, prender-me nas raízes.
Por isso me machuco no mar. Por isso amar é igual a essa imensidão prateada. Mais inconstante que a terra. Mais viajante que a terra. Mais dramaticamente molhado que a terra. Machuca mais que a terra.
"Por que crê nisso? Por que acredita que ele te machuca mais? Sendo que essa vastidão é terna, morna, e tão, tão transparente? Tão mais sincera e transparente que sua opaca terra?"
- Porque a opacidade é bruta e real. Essa transparência ilude e persiste. Suas ondas de fantasia grudam no meu corpo. Mesmo saindo dele, eu as sinto no corpo.
Ele se levantou e se virou para o imenso azul que se abria diante dos seus olhos.
"Ainda não entendi."
- A terra afunda no mar. Assim como eu me aprofundo nas fantasias, projeções e ilusões do amor.
Ela ficou quieta.
- Por isso dói.
Ambos se calaram, mas ninguém foi embora. A conversa continuaria. ...Um dia.

sábado, 23 de janeiro de 2010

"Vai ficar tudo bem. Tudo no final vai dar certo. Você vai conseguir superar isso. Você vai saber qual caminho seguir. Você vai saber ser quem você é."

Ele, alucinado, sentado no canto de seu quarto. A camisa branca suada, colada no corpo. A respiração ofegante. As mãos segurando tão firme os cabelos na cabeça, acho que temiam que até eles fugissem de controle. Os olhos negros, agora estavam vermelhos e rios desciam pelas pálpebras. Ele, mesmo sentado, jogava o corpo para frente e para trás. As costas, nessa altura do tempo, já deviam estar tomadas de hematomas.

A prisão, que sua cabeça havia se tornado, estava num motim. Todos os pensamentos, as palavras, as visões, as pessoas, as imagens, as paisagens, os poemas, os textos, brigavam entre si. Debatiam-se nas paredes do crânio. E ele continuava a dizer para si. Em voz alta. Pois o externo era impenetrável à caixa da loucura. "Vai tudo acabar bem. As coisas vão se acertar. Você vai poder ser o que sempre quis. "

Mas ele sabia que a paz - utópica, como sempre. - não viria tão cedo.

Hora ou outra ele teria de se levantar daquela encruzilhada de cimento - tanto onde estava quanto onde não estava. - e voltar a viver a vida anfíbia. De um lado um amor. Do outro, um tipo diferente de amor. Ou tão igual que passa a ser estranho.

Naquela noite ele adormeceu ali. De olhos abertos.

As palavras ecoavam, vazias, pelo quarto.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010



"Hoje foi um dia particular. Especial. Não mais me senti como no meu mundo imaginário. O mundo que me persegue e me confunde e me frustra e... me salva.
Hoje foi algo tão real, tão vivo, tão rubro, quem me salvou. Tirou-me das nuvens e me colocou no chão. Nem reclamei. Os meios que ela utilizou foram tão convincentes, torturadores, mas convincentes, que nem fiz questão de querer voltar. Voltar? Voltar para onde? Onde eu estava? Lugar algum tornou-se existente na minha memória depois da aparição dela.
Ela. Só ela. Que tem o mar verde acinzentado no olhar. Que eu me vejo ali rodar, e rodar, e querer me afogar. Caindo. Sempre caindo naquele labirinto brilhante, tentador, encantador.
Eu caí há um tempo. Vi-me ali, pelo menos. Então ela fechou os olhos e me aprisionou para sempre. SEMPRE. Palavra tão utópica, tão surreal. Nela, tão fixo, tão vingente. Tão meu querer com ela. Ela, só ela, para sempre.
Hoje, mãos macias me presentearam com doces e leves toques. Elas se perderam nos meus cabelos, na minha nuca. Tirou-me do estático e me colocou no inerte. Inerte a um desejo que eu não sabia se era recíproco.
Não sabia até que as luzes foram apagadas, até que o silêncio se fez presente, até que a respiração ficou inconstante, até que meu coração cambaleou em pulos espaçoso, arritmicos por prazer.
Minhas mãos suaram. Meus sentidos se atordoaram. Ela tinha me tomado. Bebeu-me. A boca ficou seca. Eu fui e voltei ao meu mundo irreal. Mundo que eu não largava e que não largava de mim. Mundo que me aprisionava à cabeça, que me colocava em situações constrangedoras, que mostrou a mim que a solidão existe quando, mesmo cercado de vozes e ouvidos, eu não dava atenção às minhas próprias palavras. Mundo que me ensurdecia. Agora eu estava surda com o som do coração dela, afogada no odor mais que atraente, de mãos atadas, disposto a ela, a serviço dela, existindo e respirando e vivendo e sorrindo só para ela. Por ela. E com um medo enorme que ela percebesse isso.
Do hoje eu falo que revivo. Do hoje espero não mais precisar voltar ao mundo fantástico. Ela é tão real e tão viva que eu desejo ter com ela todos os meus sonhos. Complexo? Paradoxo? Louco? Sim, estou louco por uma uma garota que fez de mim respresentante alucinado da felicidade.
Do amanhã? Espero o pra sempre. O pra sempre em cada nascer de sol, em cada sorriso lunar, em cada brilho estelar. O pra sempre em cada brisa morna, em cada dia frio, em cada abrir de olhos no meio da noite chuvosa. O pra sempre indo dormir e acordando com ela aninhada no meu peito. O pra sempre com o cheiro dela tomando o meu corpo. O pra sempre com a voz dela colada no meu ouvido dizendo o que pra mim já basta para viver.
Eu não sei porquê, mas acho que estou amando.
Esse é o tal do amor que me leva e traz da insanidade?
Ou que me mantém nela?
O real tem sido mais insano.
A boca dela cheira canela." 04-10
Pela primeira vez naquela noite, ele teve a coragem de sentar, escrever e ler o que tinha escrito. E não queimou o papel.
Não havia mais medo.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010



A solidão só existe quando, cercados de ouvidos e vozes, não damos atenção às nossas palavras.