sábado, 20 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também… (…) Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente… E só então a gente poderá amar, de novo"
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
-*-
"porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência."
-*-
"Essa morte constante das coisas é o que mais dói"
-*-
Só um pouco de Caio Fernando Abreu
- indico.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Eu ensaiei o post toda a noite. Mas ele se esvaiu como bexiga cheia d'água quando encontra uma ponta.
Mais um noite meio difícil. Turbulenta de sentimentos. De planos, de sonhos, como sempre.
Eu já declarei aqui o quão viciada eu sou nos filmes da Walt Disney / Pixar? Já declarei o quão interessante e intensos eles são?
Que fique declarado.
É lindo o final do Pocahontas. A escolha dela. O Lar.. assim como no Mulan, como a Bella se prende em lugar do pai, como o Querido e a Querida têm um casamento lindo, como a Tiana quer realizar um sonho em conjunto, como o Rémy lida com a crise de identidade, como o Woody e o Buzz ficam juntos no final, como a Bu encontra um pai no Gatinho, rs. E, é claro, existem outros tantos momentos da Disney em que eu me fascino. Mas o mais incrível de todos, sem uma ponta de dúvida é aquele, do filme clássico O Rei Leão, em que a Nala cobra do Simba toda a responsabilidade de quem ele era; quando eles brigam e ele vai ter com o Rafiki o reencontro com a imagem do pai, o reecontro de si, e resolve retornar. Resolve lutar pelo lar, pelo reino, que é seu por direito, por nascença. É Coragem.
Lar... dizem que é pra onde nosso coração quer voltar.
E se for pra onde ele quer ir?
E se for utópico.
Bem, o post será irregular. A coerência também estourou junto da bexiga.
Vamos falar de sonhos?
Posso falar do meu?
"Viver na tranquilidade de um amanhecer batendo no jardim de entrada. Levantar da cama de lençóis brancos e ir preparar o café. Deixar o aroma do café tomar a casa, assim como é na casa da minha avó. Ver se a criança ainda está dormindo. Ver como é ingênuo a maneira dela dormir e pensar se eu assim o fazia. Sorrir ao lembrar. Ir para fora, para o quintal e dar bom dia ao cão. Deixá-lo entrar em casa. Ir com ele até a varanda e pegar o jornal. Lê-lo enquanto tomo um suco de laranja. Lavar a louça. Deixar o cão dormir no tapete da cozinha. Ir para um banho. Acordar a criança e dar a ela o que comer. Deixá-la se divertir no chão da sala, assim como eu fazia quando pequena. Ir cuidar do meu jardim. Regar, cortar, embelezar - como se fosse possível tornar mais belo. Fotografar outras borboletas para a coleção. Entrar, banhar a criança e ir preparar o almoço. Almoçar junto, sair para uma voltar. Retornar para colocar a roupa de missa. Ah, seria um domingo! Ir à missa. Sair mais leve do que antes. Jantar fora. Voltar pra casa, ninar a criança. Preparar uma taça de vinho e sentar à mesa na cozinha. Olhar para o cão, acarinhar sua cabeça às orelhas. Colocá-lo para fora. Apagar as luzes e ir para a cama. Arrumada ou não. Dormir."
É, seria uma parte do sonho. A outra fica para outro dia.
Mas hoje, diante deles, sinto-me como provavelmente me sentiria dentro de uma loja de brinquedos em Orlando: as a child holding a hand and looking all those things as they were like a magical kingdom with all that richness. Without touch a thing.
bye.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Eu estou tentando. Isso é sério.
Deslumbrada com a minha perseverança em fazer isso passar logo.
Em finalmente matar aquilo que tem vez adormece. Tem vez acorda.
Sempre permanece.
Eu estou tentando não pensar. Isso é sério.
Assustada com o vazio que acaba como resultante.
Com a completa inércia de um nada em equilíbrio dinâmico.
Seria falta de impulso.
Eu estou tentando não comer. Isso é sério.
Quero discernir quando é a dor irremediável
Ou quando é apenas fome.
Quase sempre é o primeiro.
Eu estou tentando não adormecer. Isso é sério.
Tamanho é o receio do sonho inesperado.
De ver seu rosto, à minha frente, pintado.
De parecer ser real.
Eu estou tentando, e isso é sério, dizer em voz alta para meus ouvidos crerem que não há mais do que havia.
Eu estou tentando, e isso é sério, parar de dizer o seu nome sem, ao menos, verbalizá-lo.
Eu estou tentando não olhar para o céu, tampouco pr'aquela árvore em frente minha casa.
Eu estou tentando sonhar sozinha.
Eu estou tentando apagar você das minhas ambições.
Mas às vezes dói.
domingo, 17 de outubro de 2010
Ele estava sentado à beira do rio. Observava o mar à frente dele. Mas não era o salgado, era o pedregoso. Um mar de infinitas montanhas. O qual ele já havia mirado outras centenas de vezes pensando o que haveria do outro lado. Achando que ela estaria do outro lado.
Aquela mulher chegou novamente. Com os pés descalços, não fazia barulho ao tocar o chão, as gramíneas que ali havia. O vento roçava no seu suave vestido branco. E eram os únicos sons que ele ouvia: a água correndo no seu eixo e o tecido do vestido dela balançando e batendo-se sem um sentido. Da sua feição não se recordava bem. Aliás, essa era uma das pouquíssimas memórias de que ele não se lembrava da feição dela. Talvez porque não a olhava na face ao decorrer da prosa. Faz sentido tal hipótese, pois da voz dela ele se lembrava bem.
- O que te aflige? – ela o incitou.
- O que há do outro lado do mar.
- Mas isso é um rio.
- Refiro-me ao de morros.
Ela os mirou por longos instantes. E ficou em silêncio.
- O que te aflige? – ele, curioso, perguntou.
- Aquilo que queres do outro lado.
- É um amor perdido.
- Perdido? Ora, disse-me há pouco que está do outro lado?
Ele refletiu.
- Então não está do outro lado. – ela concluiu sozinha.
- Talvez não.
- E se estiver no final do rio?
- Como vou saber?
- Deixe de ser tolo. É óbvio: siga o curso do rio.
- Como saberei onde é o final.
- Boa pergunta.
Eles se calaram. E assim permaneceram. A água do rio continuou seguindo o seu curso. Não importava a pedra que estava no fundo, ou as que estavam aos montes na superfície. A água seguia. Simples e límpida, esperava um mar para desaguar. Ele também.
Veio então uma majestosa lepidóptera, daquelas enormes, reluzentes de tão azuis, assim, que cabem na palma da mão, e pousou descansadamente em seu joelho direito.
As pernas dele estavam encurvadas, seguradas pelos seus dois braços e antebraços. As mãos se laçavam no fim para segurar o peso. A cabeça estava erguida com o olhar longe.
Em pouco, seu olhar – e também, por conseqüência, o dela – repousou nas asas da linda borboleta. E ali ficaram admirando-a.
- Por que você gosta de borboletas? – Ela perguntou. Ao fazer isso estendeu o dedo perto do joelho dele. A beleza pequenina, sem pensar muito, foi equilibrar-se no dedo dela.
Ele sorriu antes de começar a falar.
- Porque elas são pacientes. Nascem larvas, encasulam-se e depois se transformam no que realmente são em potencial. Então, alçam vôos por longínquas terras, experimentam sabores de diversas flores, seus perfeitos perfumes. Admiro-me com o tempo que aguardam para serem felizes.
- Felizes?
- Sim, felizes. Poder alçar vôo. Mudar-se para um jardim diferente, provar de tantas qualidades, diferentes entre si. Não há defeitos, são apenas trejeitos diferentes. E sem saber o quanto aquilo vai durar. Vinte e quatro horas? Quarenta e oito horas? Setenta e duas horas? Uma semana? Quem sabe? Ela não sabe. Admiro o quão discretas são.
- Discretas?
- Sim, discretas. Batem asas contra o vento, pousam aqui e ali, vivem, e não fazem um ruído sequer. Uma vida a espera de uma felicidade indescritível, e nenhum ruído.
- Espera?
- Sim.
- Mas ela nasce, vive, depois procura um lugar para se encasular, para desenvolver seu potencial. Lá dentro do casulo sabem-se lá dos planos que passam por sua cabeça. Liberta-se e voa. Voa como se um dia não tivesse fim. Voa procurando a idéia que houve dentro do casulo. Sabe o jardim que quer e vai atrás. E ela acaba encontrando a flor que merece toda a atenção do mundo. Todo cuidado, todo carinho, toda a sua simplicidade.
Ele ficou quieto. Então ela...
- Entendeu?
- Entendi.
- E o que está esperando para seguir o curso do rio?
- O meu casulo se abrir.
Ela riu alto.
- Tolo, nós não temos casulos.
- Não?
- Não, lógico que não. Somos como um rio. Tem uma nascente pura; um curso ora desgovernado ora calmo, ora tortuoso ora reto – quase infinito; então deságua num mar. O rio falece, não é mais doce. Mas há a nascente que não pára. Novas águas vão passar. Se você entrar agora no rio que se estende a nossa frente, meu bem, jamais se banhará na mesma água daqui um único ímpeto.
- O que quer dizer?
- Quero dizer que o que está perdido não está num tempo e tampouco num espaço. Está eterno dentro da dúvida que aflige teu peito. Se seguires o curso do rio, encontrarás o queres.
Ele ficou quieto novamente. Fitando a pequena grande borboleta.
Ela, a moça, tinha conhecimento da dúvida que havia dentro da mente dele e de prontidão a respondeu – antes mesmo que os dentes e a língua dele fizessem esforço para falar.
- Responda-me, o que há no horizonte?
- Mar de morros.
- Isso é um problema?
- É um grande problema. Veja! São enormes.
- Estenda sua mão em direção a eles.
Ele o fez.
- Agora tente medi-las.
- Como?
- Coloque seu polegar na altura da base deles e o seu indicador no topo. Feche um dos olhos.
- Assim?
- Isso. Agora, traga sua mão para perto de ti.
Ele obedeceu novamente.
- De que tamanho estão?
Ele sorriu.
- Veja bem, do que serias capaz por esse amor?
A borboleta saiu do dedo dela e pousou na mão dele.
- Eu? Seria capaz do pior e do melhor. Seria capaz do sonho e da realidade. Seria capaz do impossível e do possível.
- Irias até a lua e voltavas por ela?
- Sim.
- Irias buscar uma estrela para ela?
- Sim.
Ele foi arfando o peito.
- Irias atrás da maior riqueza para ela?
- Sim
- Irias atrás do maior monumento para ela?
- Sim.
- Percorreria um rio, um mar, um céu, um tempo, para chegar até ela?
- Sim.
- E se no final, ela te renegasse. Sentirias ódio?
- Não.
- Morrerias?
- Não.
- Render-te-ias?
- Não.
Fingindo espanto, ela então perguntou:
- Ora, o que farias?
- Eu viveria sozinho por ela. Só, sempre só, por ela. Só por ela.
Nessa altura da conversa ele já estava de pé. A borboleta no seu ombro esquerdo. A moça pouco atrás do ombro direito dele.
Ela colocou sua mão sobre a dele, estendeu à frente e mediu, com o polegar e o indicador dele, qual era a distância entre o presente e o futuro. Ele trouxe a mão para perto de si e sorriu novamente.
Por último ela sussurrou no ouvido dele:
- Encare a distância entre aqui e o final como só até aonde seus olhos podem alcançar. Se ainda for grande, tente medi-la conforme te ensinei. Assim terás um pequeno problema a ser resolvido bem na palma da sua mão. Agora vá, sem mais perda de tempo. Muitas águas se passaram durante nossa conversa. Você é outro. Seus erros já foram arrastados. O acúmulo de areia lá na frente está grande, mas, se fores como a correnteza que você é agora e responder à paciência que está te acompanhando, então logo o problema será resolvido. Ainda que o logo dure todo o percurso.
Ele deu o primeiro passo e não doeu.
O segundo, o terceiro, e os seguintes vieram naturalmente. Ele sorria.
Atrás não havia mais ninguém. O lobo vinha ao lado de língua de fora e o rabo abanando. A borboleta no ombro esquerdo, os valores no direito.
No peito, ela.
Sempre ela.
Só ela.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
Desse vez o horizonte foi um sim ou um não.
A insanidade ou a sensatez.
O ir ou não ir.
O possível mais que impossível.
Mas ainda houve horizonte.
E por conta do que já passou,
erros meus.
Só.
Novamente: o que vale a pena?
Quanto é o risco?
Quanto vale tentar?
Eu tentei e quase consegui.
Agora é aceitar e
Esperar o peito desacelerar.
sábado, 9 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
É, está na hora de começar a fazer as coisas de modo diferente.
A começar por um post. Que, afinal, é uma mostra escrita do que ronda aqui dentro.
Ultimamente poesia travada. Poesia falha.
Agora poesia platônica.
Sempre a eterna poesia platônica.
Sinceramente eu vou dizer. Sem máscaras, cansei de usá-las.
Situações acontecem e, na maioria das vezes procuramos causas dessas situações.
Na maioria elas não existem. Só vêm para nos levar a crer que a culpa é parcial.
Noutras, talvez venha com bagagem de certeza.
Há momentos em que digo que certas coisas deveriam realmente ter acontecido.
Sem tirar minha culpa, sem colocá-la em decimais, tampouco porcentagem.
Errei, fato. Mas penso na causalidade do erro, penso que "foi de propósito".
E assim eu consigo tirar os lados bons e os lados ruins.
Tento consertar, reparar, retornar.
Alguns chamariam de cara-de-pau. Ultimamente descobri que isso também é coragem.
É, tenho sido corajosa.
(E o que é coragem? Cor-agem. Agir com o coração)
É tenho ouvido meu coração.
E tudo tem dado mais certo.
Ou pelo menos caminha para das menos errado.
Reconquistar... tarefa difícil, mas não impossível.
Abraço.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
"Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
que nada nesse mundo levará você de mim
eu sei e você sabe que a distância não existe
que todo grande amor
só é bem grande se for triste
por isso, meu amor
não tenha medo de sofrer
que todos os caminhos me encaminham pra você."
Outro que eu achei em meus guardados. Mas não é meu não.
Eu não teria tanta proeza, rs. É de alguém importante, mas não me lembro quem.
-.-
A terça parte
Diferentemente de outrem, sou feita em três.
Uma inteira em três partes.
Dificultando o resultado.
Diferentemente deles, sou ágape.
Ágape que se perdeu no Eros em busca
-errônea- pelo um terço que falta.
Sou um terço de reza
de prece
de sonho
Sou um terço de chão
de ninho
de lar.
Mas falta. Sempre falta.
E dou a face ao afirmar.
Falta o um terço do amar.
Mas eis que me vem o segredo,
que minh'alma ja me havia antes revelado,
alguém que tenho sempre amado.
A terça parte do meu ágape amor
não é quem está ao lado
mas quem está do outro.
-.-
Para um recomeço até que essa ficou boazinha né?
Quanto tempo eu não escrevia poesia não é mesmo?
Poesia é pra gente corajosa, destemida, e eu não estava o sendo.
É.. são as almas similares.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
"Por que um ser obcecado por amor é incapaz de sentir tal sentimento? - um dia me perguntaram.
E noutro dia - com dias longos entre o da pergunta e essse - assentei-me para responder. Sem saber o que fazia ao certo, escrevi: A pergunta acima está incorreta, mas mesmo assim, eu tentarei respondê-la.
Os seres obcecados por amor são apaixonantes e apaixonados.
Apaixonantes pelo fato de serem complexos e simples, racionais e irracionais ao mesmo tempo. Conseguem sobrepor a razão, mesmo sendo dependentes dela. E vivem inteiramente de emoções, querendo ou não. Falam de algo que simplesmente desconhecem e o praticam durante toda a vida, sem saber que estão usando.
São extremamente radicais! E só conseguem se libertar totalmente,
São apaixonados por tudo e por todos - Paixão em sentido de encantamento -, seu único princípio é o amor e , com isso, estão condenados a sofrer antes de serem completamente felizes
A única certeza dos "obcecados por amor" é a de que: Mesmo não sabendo o que é amor, e sabendo que é impossível generalizá-lo, eles têm uma carga enorme guardada dentro de si -
Sabem também que vão sofrer o quão for necessário para que o resultado seja a felicidade, mesmo que seja a de quem se ama, não a sua.
Mas então, o que é amor? Como é possível retribuir algo que eu não sei o que é? Como é possível renunciar ao que não se conhece? Como posso chegar para alguém e dizer EU TE AMO se eu não sei como é isso?
Porra, EU TE AMO não é Bom dia.
Valer a pena?
O que vale a pena para você?
Desse texto confuso eu tirei minha primeira poesia, mesmo que em prosa.
E relenedo-a fui refletindo sobre uma história.
História sem fim.
O que vale a pena?
Tem vezes que o sofrimento vale a pena.
Tem vezes que o sacrifício vale a pena.
Tem vezes que a covardia vale a pena.
Tem vezes que a omissão vale a pena.
Vale a pena o risco de mudar e voltar para um reino em pedaços.
Vale a pena a fuga para a força da mudança, ainda inocente, amadurecer.
O arrependimento vale a pena somente quando a intenção é fazer diferente do que foi feito.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Numa coincidência indizivelmente inacreditável chegaram a uma conclusão idêntica à anterior.
Mesmo eu tendo mudado, o quanto achei que não mudaria.
Mesmo eu tendo ficado, como achei que não ficaria.
Mesmo eu tendo aceitado, como achei que não aceitaria.
Mesmo eu tendo me conformado, como achei que não me conformaria.
A reinante em mim é a COVARDIA.
O que prova mais uma vez que o problema não é a pessoa.
Sou eu.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
http://www.klickescritores.com.br/ivanangelo/liv_oladrao.htm
Excelente esse texto.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
I'm pushing up daisies, I wish they were roses
I feel like I'm drowning but nobody knows it
I'm pushing up daisies, I wish they were roses
I feel like I'm dying, just want you to notice
somehow the grave has captured me
show me the man I used to be
just when I feel my breath is running out
the earth moves and you find me, alive but unworthy
broken and empty, but you don't care
cuz you are my rapture, you are my savior
when all my hope is gone, I reach for you
you are my rescue
you are my rescue
I'm swimming to safety, but even with my best
if I don't see that rope soon, this might be my last breath
somehow the grave has captured me
show me the man I used to be
just when I feel my breath is running out
the earth moves and you find me, alive but unworthy
broken and empty, but you don't care
because you are my rapture, you are my savior
when all my hope is gone, I reach for you
you are my rescue
don't let me drown
can you hear me
cuz I am
"drawlin out" (not sure)
I'm underground
won't you pull me out
the earth moves and you find me, alive but unworthy
broken and empty, but you don't care
because you are my rapture, you are my savior
when all my hope is gone, I reach for you
you are my rescue
you are my rescue
yeah, you are my rescue
yeah! you are my rescue
I'm pushing up daisies, I wish they were roses
I feel like I'm dying, just want you to notice...
quarta-feira, 16 de junho de 2010
É, eu estou precisando de um abraço agora.
Um sem malícia, sem palavras, sem consolo.
Só dois braços se entrelaçando nas minhas costas, apertados.
De tão apertados que façam todas as possíveis lágrimas saírem dos meus olhos.
Para que eu possa viver novamente.
>< e sabendo que você vai estar sempre lá.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Este amor que surgiu insuspeitado
Este amor meu é como um rio; um rio
E que em seu curso sideral me leva
- Soneto do Amor como um rio. Vinicius de Moraes.
- modificações by me.
- Eu não podia deixar que postar esse soneto que é tão verdadeiramente real no meu presente.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
Ele, alucinado, sentado no canto de seu quarto. A camisa branca suada, colada no corpo. A respiração ofegante. As mãos segurando tão firme os cabelos na cabeça, acho que temiam que até eles fugissem de controle. Os olhos negros, agora estavam vermelhos e rios desciam pelas pálpebras. Ele, mesmo sentado, jogava o corpo para frente e para trás. As costas, nessa altura do tempo, já deviam estar tomadas de hematomas.
A prisão, que sua cabeça havia se tornado, estava num motim. Todos os pensamentos, as palavras, as visões, as pessoas, as imagens, as paisagens, os poemas, os textos, brigavam entre si. Debatiam-se nas paredes do crânio. E ele continuava a dizer para si. Em voz alta. Pois o externo era impenetrável à caixa da loucura. "Vai tudo acabar bem. As coisas vão se acertar. Você vai poder ser o que sempre quis. "
Mas ele sabia que a paz - utópica, como sempre. - não viria tão cedo.
Hora ou outra ele teria de se levantar daquela encruzilhada de cimento - tanto onde estava quanto onde não estava. - e voltar a viver a vida anfíbia. De um lado um amor. Do outro, um tipo diferente de amor. Ou tão igual que passa a ser estranho.
Naquela noite ele adormeceu ali. De olhos abertos.As palavras ecoavam, vazias, pelo quarto.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
"Hoje foi um dia particular. Especial. Não mais me senti como no meu mundo imaginário. O mundo que me persegue e me confunde e me frustra e... me salva.